Olá, amigos. Minha segunda entrevistada da série “Galeristas” é Vilma Eid, proprietária da Galeria Estação, que tem uma característica bem especial: trabalha com arte não-erudita brasileira. “Esse estilo de arte, durante muito tempo, foi chamado de arte primitiva, depois de arte popular… e há muito tempo se procura o termo ideal. Eu resolvi adotar a expressão ‘arte não-erudita’”, me contou na entrevista que vocês veem no vídeo acima.
A Vilma Eid é uma das responsáveis pelo reconhecimento nacional do artista sergipano Véio, que eu adoro. Ela me contou como conheceu o artista e como se desenrolou essa história. “Logo vi que ele era um artista porque eu vinha comprando suas obras há algum tempo. Já aconteceu de eu levar 3 ou 4 anos comprando os trabalhos de alguém para ter certeza de que a pessoa era artista antes de trazer para a minha galeria”, disse.
Falamos sobre o momento da arte brasileira lá fora e sobre como o Brasil sempre tratou essa arte não-erudita: sem distinções, até recentemente. “Eu quero crer que com o advento da arte contemporânea essa arte, que tinha ficado abafada aqui, floresça ainda mais”, contou. E ainda explicou a diferença entre arte e artesanato.
Sobre suas viagens de descoberta, Vilma Eid contou que a próxima será para a Áustria, onde ela pretende conhecer o museu Gugging, que só trabalha com artistas portadores de doenças mentais.
Além de ser um bate-papo super-rico sobre arte brasileira, Vilma ainda faz um convite para um bate-papo em sua galeria, no dia 13 de agosto, com ninguém menos que Leda Catunda, artista que está expondo por lá. Imperdível, amigos!