Amigos, quem me acompanha sabe que eu sou uma defensora da natureza e ando muito preocupada com o que está acontecendo no planeta, especialmente aqui no Brasil, e estou muito chateada ao ver o horror que está acontecendo no Pantanal.
Para quem não está muito atualizado, o fogo que atingiu o Parque Estadual Encontro das Águas, localizado na região de Porto Jofre, na cidade de Poconé (a 102 km de Cuiabá), destruiu 85% do maior refúgio de onças-pintadas no mundo. De acordo com análise do Instituto Centro Vida, as onças-pintadas, que ja? são ameaçadas de extinção, agora também são ameaçadas pelas queimadas que estão acontecendo em todo o Pantanal. São 92 mil hectares queimados somente neste parque. Uma tristeza.
Ainda não sabemos quantos animais já morreram em consequência dos incêndios, mas várias fotos tristes rodaram o mundo este mês. A BBC News Brasil selecionou três dessas fotografias para entender as histórias por trás dessas imagens e conversou com os autores delas. Aqui está a reportagem completa, mas me chamou a atenção a história da foto que abre esse post.
Ela foi feita pelo guia de turismo Ailton Lara, dono da pousada Jaguar Camp, na rodovia Transpantaneira. Ele conta que navegava pela região do Pantanal em busca de animais feridos pelo fogo, junto com amigos da Associação Civil de Ecoturismo no Pantanal Norte (Aecopan). “Estávamos atuando como voluntários, para ajudar animais que precisassem de ajuda, nas regiões atingidas pelo fogo”, disse à BBC News Brasil.
Quando se aproximaram do Parque Encontro das Águas, avistaram uma onça-pintada macho. “O animal estava perto da água, mas depois da nossa chegada caminhou por três ou quatro metros e foi para baixo da sombra de uma árvore, à beira do rio. Normalmente, as onças deixam as patas no solo, mas logo descobrimos que esta estava com as patas queimadas, por isso não as aproximava do chão. Ela estava passando por um momento muito doloroso: colocava a cabeça entre as pernas e depois ficava deitado de um jeito incomum. Isso chamou a nossa atenção”, explicou.
Que cenário desolador, amigos! Nesta outra reportagem aqui, do Estadão, vocês encontram dicas para ajudar o Pantanal.
