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Macacos para entender o autismo

Amigos, achei superinteressante esse artigo da Suzana Herculano-Houzel na Folha. Ela fala sobre modificações genéticas de animais criados em laboratório, em especial na China, e sobre como isso pode ajudar a gente a entender questões como o autismo. “A China desponta no momento com uma força no horizonte dos modelos animais”, diz.

Ela fala algo polêmico, mas que me parece óbvio: estudar o cérebro de ratos e camundongos para tentar entender o cérebro humano é algo muito limitado. O ideal seria partir para animais mais “complexos”, ou seja, outros primatas, como os macacos. E isso já acontece na China.

Interessante saber, por exemplo, que pesquisas já conseguiram deletar o gene SHANK, normalmente afetado pelo autismo, de chimpanzés. No artigo, Suzana diz: “Segundo Yong Zhang, da Academia Chinesa de Ciências, os dois animais modificados evitam interações sociais, ignoram humanos e seu olhar, demoram a começar a vocalizar e melhoram tomando Prozac, como humanos”.

A técnica usada pelos cientistas envolve edição de genoma, o que provocou nos macacos essa mutação ligada ao autismo. Com o experimento, este mês na revista científica Nature, poderão ser descobertos novos tratamentos e esse me parece um passo enorme na investigação do autismo. Ao que vejo, os benefícios são maiores que os prejuízos. Pelo menos enquanto não encontrarem uma solução melhor…

Foto: Margo Tanenbaum por Pixabay 

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Silvana Tinelli

Por:Silvana Tinelli

Nascida no Egito, mas com o coração dividido entre a Itália e o Brasil, Silvana Tinelli faz de tudo um pouco. Em sua rotina dinâmica, Silvana se divide entre suas paixões: a arte, a criação de suas cerâmicas, as viagens - com segredos que só ela conhece - os eventos com seus amigos, a fotografia e a gastronomia.