Amigos, a Vespa, aquela charmosa moto italiana imortalizada em filmes como A Princesa e o Plebeu, foi relançada no Brasil e hoje eu converso com o responsável por isso, o Giuseppe De Paola, diretor da Asset Beclly, empresa que representa a marca aqui desde 2016. Ele me contou sobre os desafios do mercado brasileiro e os projetos da marca.
“O Brasil é enorme, e tem um concorrente que domina o mercado, a Honda. E a Vespa por um tempo foi apenas um sonho, afinal, quando chegou aqui era R$32.000”, contou. Ele me disse que a ideia, todo esse tempo, foi consolidar um produto para o mercado nacional com um preço competitivo. Esse mês, aconteceu o lançamento do modelo Club, por R$14.000, e até eu fiquei com vontade de comprar a minha.
Giuseppe contou sobre o comportamento do consumidor brasileiro de Vespa – muitos compram para usar em casas de campo e praia, por exemplo, e até apenas como item decorativo para salas, restaurantes e escritórios.
Eu entendo o porquê: a Vespa encanta e, além do mais, é um símbolo da Itália, por isso mexe com as emoções da gente. Achei bacana que ele me contou que a Vespa foi desacreditada quando chegou aqui porque não atinge altas velocidades, mas tudo mudou quando a mobilidade se tornou o centro das discussões. “Hoje as pessoas vão trabalhar de patinete e bike, porque a exigência é se mover, então a Vespa se torna uma alternativa para os jovens, além de ser bela”, disse Giuseppe.
Sem dúvida, os mais velhos também são o público-alvo da marca, tanto que o modelo mais procurado no país hoje é a Classic. O empresário me contou que as pessoas sentem muita nostalgia e querem até marcha em dois tempos, o que nem existe mais. Talvez seja saudade de um tempo romântico que não volta mais…