Amigos, vocês sabem o que é a arte colonial brasileira e quais foram seus principais nomes? Hoje vamos falar disso.
Para começar, um pouco de história: desde a chegada dos europeus, em 1500, até 1822 com a Independência, vivemos o período colonial, pois o Brasil ainda era colônia de Portugal. Nessa época, quando começa a miscigenação, nasciam uma arquitetura e uma arte (esculturas, pinturas e desenhos) próprias, que deixaram seu legado até os dias atuais.
Dá para dizer que a arte colonial brasileira começou com os jesuítas da companhia de Jesus, que, para ampliar a influência da Igreja em território brasileiro, investiram em uma arquitetura própria em templos e colégios. Um exemplo que perdura até hoje é a igreja do mosteiro de São Bento, localizada na cidade do Rio de Janeiro.
Também na arquitetura se destaca o nome do arquiteto e militar português Francisco Frias de Mesquita, responsável por construções históricas – que hoje são atrações turísticas – como o Forte dos Reis Magos (em Natal, RN) e o Forte do Mar (em Salvador, BA). Ele ainda desenhou a planta do Forte de Fernando de Noronha, projetou o Forte de Săo Mateus, em Cabo Frio (RJ), e realizou o projeto do Convento do Carmo, no Rio de Janeiro. Por volta de 1635, o arquiteto deixou o Brasil, provavelmente para reforçar as tropas portuguesas nas guerras da Restauração de Portugal.
A arte colonial brasileira teve ainda outro arquiteto como um de seus representantes mais conhecidos: Gregório de Magalhães. A Igreja e Abadia de Nossa Senhora da Graça, em Salvador, uma das mais antigas do Brasil e tombada em 1938, é obra dele. Rodeada de lendas, a igreja abriga os restos mortais de Catarina Paraguaçu, a índia que se casou com o náufrago português Diogo Álvares Correia, o Caramuru. Isso porque o templo foi construído no mesmo local onde ficava uma capela que ela ergueu em devoção à Mãe de Jesus. Ainda hoje uma pintura da santa feita pelo artista Manoel Lopes Rodrigues, em 1881, decora o teto da igreja.
Já a pintura da época destaca Eusébio de Matos (irmão do poeta Gregório de Matos), que atuou entre os anos de 1629 e 1692. Ele foi o fundador da escola baiana de pintura. Segundo o site Ilustres da Bahia, Eusébio de Matos foi pintor, orador, poeta, músico, religioso e matemático. Tocava harpa e viola e foi uma das maiores culturas do seu tempo. Sua obra mais conhecida é São Pedro Arrependido, encontrada em 1940 na Capela do Eremitério Beneditino da Ponta do Montesserrat, em Salvador.
Por fim, falando em arte colonial brasileira, não dá para esquecer, é claro, de Aleijadinho e Mestre Ataíde, grandes nomes do estilo Barroco no país. Mas isso pode ser assunto para outro post…