Cícero Dias é um dos grandes nomes da arte brasileira, transitando entre a figuração, o modernismo e o abstracionismo ao longo de sua carreira. Se estivesse vivo, o artista nascido no pequeno Engenho Jundiá, em Pernambuco, teria hoje 110 anos. Mas exposições de sua obra, sorte, continuam acontecendo. No ano passado foi uma grande, no CCBB, que viajou por Brasília, São Paulo e Rio de Janeiro. Agora, é a Simões de Assis Galeria de Arte, de São Paulo, que recebe 40 obras suas até o dia 4 de agosto.
A trajetória de Cícero Dias foi rica. Elecomeçou sua carreira nos anos 1920 em contato com os modernistas, passou o fim dos anos 30 em Paris, onde se tornou amigo de importantes nomes da história da arte, como os espanhóis Pablo Picasso e Joan Miró e os franceses Georges Braque e Fernand Léger e nos anos 40 foi aderindo ao abstracionismo, gênero em que foi pioneiro no Brasil.
No pós-guerra, em sua temporada lisboeta, Cícero Dias criou telas como “Mamoeiro ou dançarino?”, “Galo ou abacaxi?”, “Moça ou castanha de caju?” e “Guarda-chuva ou instrumento musical?”, reunidas pela primeira vez em uma mostra que dá ideia da rica e extensa trajetória desse artista pioneiro de ideias vanguardistas.
Vale a visita!
Serviço:
Mostra “Cícero Dias”
Simões de Assis Galeria de Arte
Rua Sarandi, 113 A, Jardins, São Paulo