Amigos, como vocês sabem, eu adoro o mar e adoro fotografar. Imaginem então que maravilhoso foi quando descobri o prêmio Ocean Photography Awards, que premia as mais belas fotografias do oceano todos os anos. As imagens podem ser feitas por amadores ou profissionais e retratar o fundo ou a superfície do mar.
A premiação é dividida em seis categorias: preservação, aventura, exploração, fotógrafo revelação, escolha do público e portfólio coletivo.
Na categoria Exploração, por exemplo, o vencedor foi Ben Cranke, das ilhas britânicas Geórgias do Sul, com essa foto belíssima de pinguins andando juntos. “Esta imagem mostra como esses pinguins-rei estão incrivelmente adaptados ao seu ambiente… Que eles podem sobreviver e prosperar em tais condições extremas, ao longo da costa de nossos oceanos”, disse emocionado ao receber a premiação.
Matt Sharp foi o autor dessa triste e impressionante imagem, vencedora da categoria Preservação. “Falando sério, não consigo dizer o quão importante acho a mensagem por trás desta foto. Esse problema é real. Este problema está acontecendo agora e, apesar de todas as outras distrações que acontecem no mundo, ele não está indo embora”, comentou.
O último nome que vou destacar é o de Cruz Erdmann, neozelandês eleito melhor fotógrafo jovem do mundo na premiação. Com apenas 15 anos, ele é autor de belas fotografias do oceano, como a deste peixe-palhaço ao lado de corais.
Seu depoimento é ainda mais emocionante que a fotografia e deixa um recado importante para todos nós: “A partir do momento em que entrei, o mundo ao meu redor começou a cantar. Inicialmente, eram apenas cliques e gemidos das criaturinhas dentro do recife. Então ouvi os furacões. Uma corrente de água e massa, um vento subaquático causado por paredes de peixes. Nuvens de tornado de cavalas, cobertores de peixes-cirurgião. Parecia que o próprio céu estava bloqueado pela massa de vida. Era como um pulso, de mudança de cor e som do coral para o peixe. Em um ponto, o recife ao meu redor ficou escuro e quando olhei para cima, o sol desapareceu sob as asas de uma arraia-manta. Pela primeira vez na minha vida pensei comigo mesmo ‘é assim que o oceano deve ser?’. Me entristeceu perceber a condição do resto do mundo em comparação com este lugar fantástico, mas também me deu grande esperança. Espero que lugares como este ainda existam, espero que lugares como este POSSAM existir”.
E que suas belas fotografias do oceano continuem inspirando a gente a cuidar dos mares.
