Amigos, no mês que vem abre a mostra “Hélio Oiticica: a dança na minha experiência” no Masp e eu estou ansiosa para rever os Parangolés de perto. Sim, porque o tema das próximas exposições do Masp é a dança e os Parangolés são a relação de Oiticica com o movimento e o espaço.
Além deles, o artista carioca falecido em 1980, criou trabalhos geométricos que, segundo a apresentação da mostra, apresentam o conflito entre o espaço pictórico e o extra-pictórico. Composições rítmicas e dinâmicas, que marcam o começo da superação do suporte do quadro, tão importante na obra de Oiticica. A abertura de sua obra para o contexto da rua e do cotidiano, que o imortalizou, aponta para uma relação entre arte e vida.
“Em 1964, Oiticica passou a frequentar a Escola de Samba Estação Primeira da Mangueira, no Rio de Janeiro, e ali se tornou passista. Essa experiência transformadora foi um divisor de águas na vida e na obra do artista. A partir da Mangueira, Oiticica aprofundou suas reflexões sobre experiências estéticas para além das artes visuais, bem como das artes plásticas tradicionais, incorporando relações corporais e sensíveis ao seu trabalho através da dança e do ritmo. Neste momento, Oiticica começa a produzir os Parangolés, que são capas, faixas e bandeiras construídas com tecidos coloridos, às vezes com sentenças de natureza política ou poética, para serem usados, transportados ou dançados pelo espectador que se torna participante, suporte e também intérprete do trabalho”, diz o site do Masp.
Os Parangolés são justamente um destaque da mostra “Hélio Oiticica: a dança na minha experiência”, que vai até 7 de junho de 2020 e tem curadoria de Adriano Pedrosa, diretor artístico do Masp, e Tomás Toledo, curador-chefe do museu.
Fotos: Reproduçãp/Instagram