Amigos, hoje eu converso com o Christian Jack-Heymès, que emprestou sua coleção de arte tribal para a exposição “Fetiches – diário de uma coleção de arte tribal”, em cartaz no museu Afro Brasil, em São Paulo, até 19 de janeiro. A mostra apresenta 51 esculturas, tecidos, indumentária tradicional e colares deste colecionador francês que vive em São Paulo desde os anos 70.
Eu fiquei curiosa para saber “Eu prestei serviço militar na Polinésia Francesa, no Tahiti, e comprei meu primeiro item: uma cabeça da Nova Guiné, que por sinal está na mostra. Foi assim que começou minha coleção. Hoje tenho umas 300 peças na minha casa e umas 400 na minha loja”.
Eu adorei fazer essa entrevista, pois confesso minha ignorância sobre arte tribal. “A arte tribal é na verdade uma ferramenta para agradar os espíritos, pois as tribos acreditam que os espíritos nefastos precisam ser tranquilizados e os benfeitores precisam ser agradados com oferendas. A qualidade da talha e o capricho do artesão faz os espíritos ficarem contentes”, explica.
Para compreender a arte tribal é importante a gente esquecer o conceito de arte greco-romana, de dimensões perfeitas e uma beleza limpa e simétrica. Mas tem muita história muito interessante por trás de cada obra. Fiquei encantada e vocês também vão ficar ao assistir essa entrevista e as imagens da exposição que trazemos neste vídeo.
Afinal, como diz Christian, “a arte tribal, antes de qualquer coisa, é uma aventura espiritual”. Não é lindo?
