Amigos, que tragédia no Líbano, não? Na semana passada, uma explosão em um armazém na região do porto de Beirute deixou mais de 150 mortos e cerca de 4 mil feridos. Ainda não se sabe o que causou o início da explosão, mas a suspeita é que tenha vindo de um armazém que onde ficavam 2.750 toneladas de nitrato de amônio. De acordo com as informações inicialmente divulgadas pelo governo, o fertilizante estava armazenado há seis anos no porto, e nenhuma iniciativa foi tomada para garantir a segurança do local.
As dimensões da tragédia do Líbano, porém, vão muito além do número de mortos e feridos. É que, além dos danos imediatos, vem um cenário desolador: vítimas da pandemia de covid, que tem batido recordes de casos diariamente, agora disputam vagas nos hospitais com os feridos na explosão. Para piorar, uma crise política e econômica assola o país. Os últimos tempos têm sido marcados por manifestações nas ruas contra o governo atual, pressionando por reformas necessárias que têm sido deixadas de lado.
Uma cena que me marcou nesses dias acompanhando as notícias foi a do jornalista Guga Chacra falando na Globo News sobre as belezas e a cultura do país e se emocionando com o episódio. “Beirute é a última cidade verdadeiramente bizantina, em que você vê vivendo juntos cristãos muito antigos, muçulmanos sunitas, muçulmanos xiitas… é também um país que sofreu muito com atentados terroristas. Mas ao mesmo tempo Beirute é uma cidade mágica que não tem como não se apaixonar. Ver ela hoje destruída novamente depois de ter se reerguido tantas vezes é muito triste. O Líbano passa por um cenário catastrófico neste momento. Esta recuperação não será simples de maneira nenhuma”.
Muito triste mesmo, amigos.