Amigos, como eu, muitos brasileiros já estão há mais de um mês em quarentena e ainda não temos ideia do que nos espera. Por isso, quis saber sobre a evolução do Covid na Itália, como andam os casos e os tratamentos que têm funcionado. Então, tenho dois convidados muito especiais na série “Silvana pelo mundo sem sair de casa”. Hoje, eu entrevisto o professor Giancarlo Icardi, diretor do laboratório de higiene de San Martino e diretor do departamento de saúde pública da Universidade de Roma, e sua filha, Patrizia Icardi, farmacêutica lá em Gênova.
Para começar, quis saber quais são os medicamentos que eles estão usando contra o Covid na Itália. “Estamos usando principalmente o Paracetamol para a febre, a Cloroquina e antibióticos, preferencialmente a azitromicina. Para a inflamação dos pulmões, corticoides, como a Prednisona, e também a heparina para evitar a trombose, que é um anticoagulante”, explicou Patrizia.
O professor Giancarlo alertou para o cuidado no uso da cloroquina, sobretudo em pessoas que têm histórico de doenças no fígado, e também para o fato de os tratamentos contra o Covid na Itália ainda estarem em teste. “Hoje em dia a taxa de cura está alta. Aqueles que estão piores e se recuperam no hospital se dividem entre baixa e média intensidade – que precisam fazer terapia com oxigênio – e a terapia intensiva, para quem está pior. Já as pessoas que estão melhores podem passar ao domicílio apenas com os medicamentos que a Patrizia comentou. Por sorte, a maioria hoje se cura. Cerca de 95% se curam em casa”, disse.
Como prevenção, meus dois entrevistados concordam com o isolamento social e, como lição aprendida com essa pandemia estão a solidariedade e o valor às pessoas que amamos. “É chato e difícil de conseguir porque limita a nossa liberdade, mas isso significa ganhar em saúde e manter a saúde da população. Sacrificar-nos por alguns meses para voltar à vida normal”, explicaram.
E como a vida deve voltar ao normal? “Para proteger os mais velhos, esse retorno pode ser diversificado de acordo com a faixa etária. Talvez horários específicos para que saiam de casa sem encontrar jovens e ter menos risco de se contagiarem”, contou o professor Giancarlo, um dos heróis na linha de frente de combate ao Covid na Itália.
Vale muito a pena ver essa entrevista, amigos!
