Amigos, meu entrevistado de hoje é Antonio Peticov, artista italiano radicado há décadas no Brasil e que tem um trabalho maravilhoso. Quis saber sobre o balanço que ele faz da carreira dele e sobre o que anda fazendo na quarentena. “Não estou preso em casa. Estou salvo. E aproveitando que a internet tem coisas maravilhosas para a gente aprender, estou pintando e terminando de escrever minha biografia”, me disse.
Antonio Peticov está completando 60 anos de carreira e esse é o momento ideal para fazer um balanço. “O resultado humano que tive com meu trabalho é o mais importante. A questão econômica é circunstancial, tem tempos de vacas magras e tempos de vacas gordas, mas eu sempre quis que meu trabalho tivesse um significado, que servisse para alguma coisa. O mundo já tem coisas demais”, explicou.
Lembrei da exposição que visitei na Galeria Von Brusky (confiram aqui!), que tinha obras em neon, principalmente produzidas nos anos 80. Ele contou que a inspiração foi o sentido da visão e realmente ficou belíssimo.
Conversamos ainda sobre minha galeria e sobre a arte popular brasileira. Antonio Peticov me falou sobre sua admiração por Bispo e Ranchinho, que têm uma arte pura. “Eles não são beneficiados pelo mercado mainstream da arte contemporânea. A arte é a transformação do ordinário no extraordinário e estou para ver um lugar em que isso aconteça mais que entre as pessoas simples”, concluiu.
Concordo e convido vocês a visitarem a minha galeria, que está maravilhosa! Cliquem para ver.