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Waldick Jatobá fala sobre 2020 e o divertido Polochon

Amigos, hoje eu entrevisto o curador de arte e design Waldick Jatobá. Ele é diretor dos Institutos Campana e Bardi, criador do MADE (Mercado Arte e Design) e está envolvido em diversos projetos superbacanas, como a reedição do Polochon. Conversamos sobre eles e como a pandemia afetou o mercado da arte esse ano.

Primeiro eu estava louca para saber sobre o projeto que criou uma edição limitada de miniaturas do Polochon, escultura criada pela arquiteta ítalo-brasileira Lina Bo Bardi para fazer parte do cenário da peça Ubu Rei há 35 anos. A obra lembra um porquinho com duas bundas e por isso é superdivertida.

O Polochon acabou sendo a saída encontrada por Jatobá e outros membros da diretoria do Instituto Bardi para arrecadar fundos para a instituição em um ano em que não seria possível realizar os belíssimos espetáculos musicais que eles costumam promover. “Fizemos o primeiro ano com Maria Bethania, o ano passado fizemos com Adriana Calcanhoto e este ano estávamos nos preparando para fazer novamente quando começou o processo da pandemia. Quando chegou agosto e víamos que não iria melhor a situação e achamos que seria uma insanidade convidar as pessoas a se aglomerarem”, conta.

Foi quando eles aproveitaram um processo de reedição do Polochon que já estava em andamento em parceria com a galeria Carbono e tiveram uma ideia: “Pensamos em como fazer esse lançamento de maneira virtual. Em um brainstorming decidimos criar um roteiro com o Polochon que passasse pela casa de pessoas que têm uma relação com a Itália e apoiam arte, arquitetura e gastronomia. Então, convidamos as pessoas a divulgarem suas imagens com a obra”, explicou.

Não foi apenas o Instituto Bardi que precisou se reinventar esse ano. O Instituto Campana teve que adaptar a forma como capacita comunidades carentes para gerar renda, já que os projetos não puderam mais ser realizados pessoalmente e a feira MADE aconteceu online pela primeira vez em oito anos. Não foi fácil, mas Waldick não está pessimista. “Foi um ano complicado, mas fez com que a gente se permitisse se conhecer melhor e entender o outro. É nesse momento de grande necessidade que a gente busca forças para recuperar algo que estava se perdendo, como o respeito ao próximo”, conclui.

Vale a pena ver essa entrevista, amigos.

 

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Silvana Tinelli

Por:Silvana Tinelli

Nascida no Egito, mas com o coração dividido entre a Itália e o Brasil, Silvana Tinelli faz de tudo um pouco. Em sua rotina dinâmica, Silvana se divide entre suas paixões: a arte, a criação de suas cerâmicas, as viagens - com segredos que só ela conhece - os eventos com seus amigos, a fotografia e a gastronomia.