A mostra “Tunga: Tríade Trindade” está em cartaz na Pinacoteca de São Paulo até o dia 4 de junho. Tunga, que morreu em 2016, é um dos meus artistas preferidos e por isso considero a mostra imperdível.
A obra Tríade Trindade, criada em 2001 pelo artista pernambucano para uma retrospectiva de sua obra ocorrida no museu Jeu de Paume, de Paris, foi adquirida em 2016 pelo Programa de Patronos da Pinacoteca e está exposta no Octógono.
Nela, tudo é grandioso: uma estrutura composta de metais e imãs com cinco metros de altura e quatro toneladas de peso representa trança, cabelereira, sinos, caldeirão, tacape, jarras, taças e outros objetos que se tornaram algumas das assinaturas de Tunga.
São partes que têm em comum as formas orgânicas e, mais que isso, alusivas ao corpo humano. “Partes que se ligam, conectam-se por magnetismo, entrelaçamento, encaixe, e se dispersam, espalham-se pelo espaço”, explica José Augusto Ribeiro, curador da mostra.
Quer saber mais sobre o Tunga?
O artista iniciou sua carreira nos primeiros anos da década de 1970, com desenhos e esculturas. No final dos anos 70, partiu para a realização de peças tridimensionais e instalações. Tunga usava correntes, lâmpadas, fios elétricos e materiais isolantes, como o feltro e a borracha, atrelados a investigações de diversas áreas de conhecimento, tais como literatura, filosofia, biologia e teatro em um trabalho sensível que eu admiro muito.
Fotos: Isabella Matheus para Pinacoteca de São Paulo