Não sei se é o calor, a pandemia ou um fato triste que aconteceu na minha família, mas essa semana eu vi dois filmes bem pesados – e muito bons: O Diabo de Cada Dia e Retratos de uma Guerra.
Disponível no Netflix, O Diabo de Cada Dia fala sobre família e religião e mostra as loucuras que o ser humano é capaz de cometer. Ambientado na 2ª Guerra Mundial e na Guerra do Vietnã, tem a religião como pano de fundo e traz conceitos como delírios, pecados e justiça com as próprias mãos.
O Diabo de Cada Dia tem no elenco alguns nomes conhecidos, como Robert Pattinson e Tom Holland. Mais pesado que eu imaginava, ainda mais porque quem me indicou foi meu neto, é um filme indicado no romance de mesmo nome de David Ray Pollock e é muito bom.
Também baseada em um romance, intitulado “Cinzas na Neve”, Retratos de uma Guerra se passa nos anos 40 e fala do regime soviético do Stalin. Eu pensava que só na Alemanha tinha sido duro, mas os russos também… A históriaprincipal acontece na Lituânia e tem como protagonista Lina (vivida por Bel Powley), uma menina com a sensibilidade aflorada e o dom da arte: ela faz ilustrações belíssimas ao longo do filme.
Baseado em fatos reais, Retratos de uma Guerra mostra as mulheres e crianças que, tidas como opositoras do regime, são enviadas à Sibéria para viver uma vida de trabalhos forçados. O filme – disponível no UOL e na Apple TV – é muito forte, mas tem esse lado artístico sensível.