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A encantadora igreja de São Roque, em Lisboa

Amigos, eu estive semana passada em Portugal para lançar meu livro, como contei aqui. E fiquei encantada com a igreja de São Roque, no Largo Trindade Coelho, em Lisboa. Ela foi construída na segunda metade do século XVI, segundo projeto do arquiteto Afonso Álvares, mestre-de-obras de D. João III. Foi a primeira igreja jesuíta de Portugal e influenciou todas as outras desta Ordem que vieram depois, inclusive no Brasil.

No local onde está a Igreja de São Roque, antigamente existia um cemitério onde eram enterradas as vítimas da peste. Como São Roque é considerado o santo protetor contra esta doença, neste local foi construída uma pequena igreja para sua devoção em 1506. Quando os jesuítas chegaram a Portugal, eles construíram neste mesmo lugar a igreja como a conhecemos hoje.

De formato retangular, a igreja é composta por uma só nave, uma capela principal e oito capelas laterais: Nossa Senhora da Doutrina, São Francisco Xavier, São Roque, Capela do Santíssimo, São João Batista, Nossa Senhora da Piedade, Santo António e Capela da Sagrada Família ou do Menino Perdido.

Cada uma das capelas da Igreja de São Roque é uma obra de arte, mas uma delas é considerada a capela mais valiosa do mundo: a de São João Batista. Ela é decorada com ametistas, lápis-lazúli, mármore, ágata, alabastro, ouro e prata, entre outros materiais preciosos.

O teto da Igreja de São Roque também é muito bonito e tem cenas do Apocalipse. Ele é o único teto em estilo maneirista que restou em Lisboa e foi pintado entre 1587 e 1589.

E eu recomendo que vocês aproveitem o passeio para dar um pulo do lado da igreja, no Museu de São Roque, um dos primeiros museus de arte de Portugal, criado em 1905 e que hoje reúne uma coleção de arte sacra, incluindo os tesouros da Capela de São João, pinturas, esculturas e ourivesaria.

Foto: Flickr/Chip Sutton 

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Silvana Tinelli

Por:Silvana Tinelli

Nascida no Egito, mas com o coração dividido entre a Itália e o Brasil, Silvana Tinelli faz de tudo um pouco. Em sua rotina dinâmica, Silvana se divide entre suas paixões: a arte, a criação de suas cerâmicas, as viagens - com segredos que só ela conhece - os eventos com seus amigos, a fotografia e a gastronomia.