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Como a arte retrata uma pandemia

Amigos, eu sei que as emoções andam tão intensas que parece que nunca antes a humanidade viveu o que estamos vivendo hoje por conta do coronavírus. Mas a verdade é que esta está longe de ser a primeira pandemia da história.

Peste negra, gripe espanhola e mesmo a Aids são exemplos de momentos assim na história e, como uma forma de expressar suas angústias e esperanças, os artistas pintavam obras que refletissem sua época. Hoje não é diferente, como eu já contei aqui.

Mas achei bacana um compilado que me mandaram esses dias com quadros produzidos durante outras doenças em fase de pandemia e quis trazer para vocês aqui:

 

“Cidadãos de Tournai Enterrando os Mortos Durante a Peste Negra” (1347)

Esta obra bizantina tétrica (da foto que abre este post), com caveiras e a imagem do desespero de pessoas cavando covas e carregando caixões, revela muito do que a arte da época da Peste Negra ou Bubônica, que assolou a Europa entre 1343 e 1353.

 

“A Praga” (1898)

arte na pandemia

Ainda sobre a Peste Bubônica, o simbolista Arnold Bocklin (1827-1901) apresentou a morte montada em uma criatura alada que sobrevoa uma cidade medieval espalhando o caos.

 

“A Família” (1918)

Nesta triste pintura, o artista Egon Schiele (1890-1918) retrata a própria família durante o surto da Gripe Espanhola, pandemia que aconteceu entre 1848 e 1919.

 

“Autorretrato Após a Gripe Espanhola” (1919)

O pintor Edvard Munch (1863-1944) se retrata de cabelos ralos, pele amarelada e cobertores no colo, em uma tentativa de retratar os males da Gripe Espanhola. Ele criou uma série de estudos, esboços e pinturas sobre a proximidade da morte, porém sobreviveu à pandemia.

 

“Ignorância = Medo” (1989)

Keith Haring (1958-1990) pintou este quadro quando foi diagnosticado com Aids. A obra fala sobre a falta de conhecimento sobre a doença que gerava muito preconceito.

 

 

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Silvana Tinelli

Por:Silvana Tinelli

Nascida no Egito, mas com o coração dividido entre a Itália e o Brasil, Silvana Tinelli faz de tudo um pouco. Em sua rotina dinâmica, Silvana se divide entre suas paixões: a arte, a criação de suas cerâmicas, as viagens - com segredos que só ela conhece - os eventos com seus amigos, a fotografia e a gastronomia.